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INF1434

Filosofia

        O filósofo reconhece-se pela posse inseparável do gosto da evidência e do sentido da ambiguidade. Quando se limita a suportar a ambiguidade, esta se chama equívoco. Sempre aconteceu que, mesmo aqueles que pretenderam construir uma filosofia absolutamente positiva, só conseguiram ser filósofos na medida em que, simultaneamente, se recusaram o direito de se instalar no saber absoluto. O que caracteriza o filósofo é o movimento que leva incessantemente do saber à ignorância, da ignorância ao saber, e um certo repouso neste movimento.

MERLEAU-PONTY, M. Elogio dafilosofia. Lisboa: Guimarães, 1998 (adaptado).

O texto apresenta um entendimento acerca dos elementos constitutivos da atividade do filósofo, que se caracteriza por

reunir os antagonismos das opiniões ao método dialético.
ajustar a clareza do conhecimento ao inatismo das ideias.
associar a certeza do intelecto à imutabilidade da verdade.
conciliar o rigor da investigação à inquietude do questionamento.
compatibilizar as estruturas do pensamento aos princípios fundamentais.

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INF1433

História

        A tribo não possui um rei, mas um chefe que não é chefe de Estado. O que significa isso? Simplesmente que o chefe não dispõe de nenhuma autoridade, de nenhum poder de coerção, de nenhum meio de dar uma ordem. O chefe não é um comandante, as pessoas da tribo não têm nenhum dever de obediência. O espaço da chefia não é o lugar do poder. Essencialmente encarregado de eliminar conflitos que podem surgir entre indivíduos, famílias e linhagens, o chefe só dispõe, para restabelecer a ordem e a concórdia, do prestígio que lhe reconhece a sociedade. Mas evidentemente prestígio não significa poder, e os meios que o chefe detém para realizar sua tarefa de pacificador limitam-se ao uso exclusivo da palavra.

CLASTRES, P. A sociedade contra o Estado.
Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982 (adaptado).

O modelo político das sociedades discutidas no texto contrasta com o do Estado liberal burguês porque se baseia em:

Imposição ideológica e normas hierárquicas.
Determinação divina e soberania monárquica.
Intervenção consensual e autonomia comunitária.
Mediação jurídica e regras contratualistas.
Gestão coletiva e obrigações tributárias.

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História

        A existência em Jerusalém de um hospital voltado para o alojamento e o cuidado dos peregrinos, assim como daqueles entre eles que estavam cansados ou doentes, fortaleceu o elo entre a obra de assistência e de caridade e a Terra Santa. Ao fazer, em 1113, do Hospital de Jerusalém um estabelecimento central da ordem, Pascoal II estimulava a filiação dos hospitalários do Ocidente a ele, sobretudo daqueles que estavam ligados à peregrinação na Terra Santa ou em outro lugar. A militarização do Hospital de Jerusalém não diminuiu a vocação caritativa primitiva, mas a fortaleceu.

DEMURGER, A. Os Cavaleiros de Cristo. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar, 2002 (adaptado).

O acontecimento descrito vincula-se ao fenômeno ocidental do(a)

surgimento do monasticismo guerreiro, ocasionado pelas cruzadas.
descentralização do poder eclesiástico, produzida pelo feudalismo.
alastramento da peste bubônica, provocado pela expansão comercial.
afirmação da fraternidade mendicante, estimulada pela reforma espiritual.
criação das faculdades de medicina, promovida pelo renascimento urbano.

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INF1431

História

        No Segundo Congresso internacional de Ciências Geográficas, em 1875, a que compareceram o presidente da República, o governador de Paris e o presidente da Assembleia, o discurso inaugural do almirante La Roucière-Le Noury expôs a atitude predominante no encontro: “Cavalheiros, a Providência nos ditou a obrigação de conhecer e conquistar a terra. Essa ordem suprema é um dos deveres imperiosos inscritos em nossas inteligências e nossas atividades. A geografia, essa ciência que inspira tão bela devoção e em cujo nome foram sacrificadas tantas vítimas, tornou-se a filosofia da terra”.

SAID, E. Cultura e política. São Paulo: Cia. das Letras, 1995.

No contexto histórico apresentado, a exaltação da ciência geográfica decorre do seu uso para o(a)

preservação cultural dos territórios ocupados.
formação humanitária da sociedade europeia.
catalogação de dados úteis aos propósitos colonialistas.
desenvolvimento de técnicas matemáticas de construção de cartas.
consolidação do conhecimento topográfico como campo acadêmico.

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Português

TEXTO I


BRACCO, A; LOSCHI, M. Quando rotas se tornam arte. Retratos: a revista do IBGE.
Rio de Janeiro, n. 3, set. 2017 (adaptado).

TEXTO II

        Stephen Lund, artista canadense, morador em Victoria, capital da Colúmbia Britânica (Canadá), transformou-se em fenômeno mundial produzindo obras de arte virtuais pedalando sua bike. Seguindo rotas traçadas com o auxílio de um dispositivo de GPS, ele calcula ter percorrido mais de 10 mil quilômetros.

Disponível em: www.booooooom.com. Acesso em: 9 dez. 2017 (adaptado).

Os textos destacam a inovação artística proposta por Stephen Lund a partir do(a)

deslocamento das tecnologias de suas funções habituais.
perspectiva de funcionamento do dispositivo de GPS.
ato de guiar sua bicicleta pelas ruas da cidade.
análise dos problemas de mobilidade urbana.
foco na promoção cultural da sua cidade.