Diferente dos problemas matemáticos e científicos, os problemas capciosos são aqueles que não possuem soluções definitivas por se tratarem de múltiplas dimensões de conflitos complementares. Em problemas comuns, ou melhor, domesticados, são esclarecidos todos os critérios, regras e condições necessários para solucioná-los. Mas ao se tratar de questões sociais não existem soluções certas ou erradas, e sim ideias boas ou ruins, pois os cenários estão constantemente em expansão.
Neste artigo entenderemos um pouco mais sobre o conceito de problemas capciosos e como o Design Thinking pode ser uma excelente alternativa para a resolução das situações.
Os problemas capciosos ou wicked problems são compostos por situações que não possuem definições claras e não podem ser resolvidas de formas simples e convencionais. São problemas únicos que geralmente têm outros problemas como sintomas e também são sintomas de outros problemas. Isto é: ao se pensar em um problema isolado, muitos outros problemas vêm à mente.
Por isso, não há uma solução capaz de resolver tudo devido à interdependência dos fatores. Sendo assim, os critérios e as estratégias para solucioná-los precisam ser muito bem elaborados e analisados para que nenhuma esfera seja prejudicada.
Geralmente, as soluções para os problemas capciosos são desenvolvidas através do design thinking, ou seja, de soluções criativas. Essa fase envolve todo um processo de articulação e negociação entre as dimensões envolvidas, podendo haver o emprego de soluções utilizadas anteriormente em problemas distintos.
O envolvimento de diversas dimensões conflitantes acaba gerando malefícios a uma enquanto a outra é beneficiada. Portanto, as decisões precisam ser estudadas para que o problema seja amenizado, prezando pelo equilíbrio entre as dimensões.
Os números de potenciais soluções são ilimitados e não existe um protótipo para testagem de eficiência. Logo, vale ressaltar que erros são bastante prejudiciais.
Com a necessidade da aceleração de processos, as soluções também precisaram seguir o mesmo caminho. Solucionar problemas de forma ágil e criativa é, atualmente, uma exigência do mercado. Devido à demanda, foi originado o Design Thinking, que consiste em uma estratégia de elaboração de soluções eficazes e benéficas, além de criativas e inovadoras.
Muitas vezes os problemas capciosos estão ocultos às costas de diversos problemas domesticados (tamed problems), que são aqueles que já possuem soluções existentes e efetivas. É aqui que entra a função do design thinking: em contrapartida à solução imediata do problema — o que na prática é impossível — o design thinking propõe uma série de soluções dinâmicas e modernas, às vezes já aplicadas em situações anteriores, para que o problema seja solucionado da maneira mais apropriada possível.
Esse é o momento no qual ocorre a negociação e articulação entre todas as frentes envolvidas no processo. É preciso compreender todos os contextos abrangidos pelo problema para a tomada de decisão assertiva no sentido ético, buscando uma transformação conveniente. A compreensão de todas as esferas que circundam o problema capcioso é um fator contribuinte para a superação da adversidade.
Ao invés de buscar a solução definitiva do problema, o design thinking promove uma transição, ainda que prolongada e com alguns imprevistos durante o processo, facilita a reconfiguração do problema.
Os problemas capciosos são aqueles que desencadeiam outros problemas e abrem pauta à novas discussões, impossibilitando soluções simplificadas. Eles não possuem soluções definitivas, têm definições confusas, estão sempre se expandindo e são únicos, apesar de fomentarem e serem fomentados por outras questões.
Para entender mais sobre esse tipo de problema, confira o curso de Design Thinking.
Equipe de Comunicação e Marketing da Infinício