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Exibindo 1434 questões

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INF1845

Português

Soneto VII

      Onde estou? Este sítio desconheço:
      Quem fez tão diferente aquele prado?
      Tudo outra natureza tem tomado;
      E em contemplá-lo tímido esmoreço.

      Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço
      De estar a ela um dia reclinado:
      Ali em vale um monte está mudado:
      Quanto pode dos anos o progresso!

      Árvores aqui vi tão florescentes,
      Que faziam perpétua a primavera:
      Nem troncos vejo agora decadentes.

      Eu me engano: a região esta não era;
      Mas que venho a estranhar, se estão presentes
      Meus males, com que tudo degenera!

COSTA, C. M. Poemas. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 7 jul. 2012.

No soneto de Cláudio Manuel da Costa, a contemplação da paisagem permite ao eu lírico uma reflexão em que transparece uma

angústia provocada pela sensação de solidão.
resignação diante das mudanças do meio ambiente.
dúvida existencial em face do espaço desconhecido.
intenção de recriar o passado por meio da paisagem.
empatia entre os sofrimentos do eu e a agonia da terra.

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INF1844

Literatura

               PINHÃO sai ao mesmo tempo que BENONA entra.
               BENONA: Eurico, Eudoro Vicente está lá fora e quer falar com você.
               EURICÃO: Benona, minha irmã, eu sei que ele está lá fora, mas não quero falar com ele.
               BENONA: Mas Eurico, nós lhe devemos certas atenções.
               EURICÃO: Você, que foi noiva dele. Eu, não!
               BENONA: Isso são coisas passadas.
               EURICÃO: Passadas para você, mas o prejuízo foi meu. Esperava que Eudoro, com todo aquele dinheiro, se tornasse meu cunhado. Era uma boca a menos e um patrimônio a mais. E o peste me traiu. Agora, parece que ouviu dizer que eu tenho um tesouro. E vem louco atrás dele, sedento, atacado de verdadeira hidrofobia. Vive farejando ouro, como um cachorro da molest'a, como um urubu, atrás do sangue dos outros. Mas ele está enganado. Santo Antônio há de proteger minha pobreza e minha devoção.

SUASSUNA, A. O santo e a porca. Rio de Janeiro: José Olympio, 2013 (fragmento).

Nesse texto teatral, o emprego das expressões “o peste” e “cachorro da molesta” contribui para

marcar a classe social das personagens.
caracterizar usos linguísticos de uma região.
enfatizar a relação familiar entre as personagens.
sinalizar a influência do gênero nas escolhas vocabulares.
demonstrar o tom autoritário da fala de uma das personagens.

83

INF1843

Educação Artística

TOZZI, C. Colcha de retalhos. Mosaico figurativo. Estaçao de Metrô Sé. Disponível em:
www.arteforadomuseu.com.br. Acesso em: 8 mar. 2013.

Colcha de retalhos representa a essência do mural e convida o público a

apreciar a estética do cotidiano.
interagir com os elementos da composição.
refletir sobre elementos do inconsciente do artista.
reconhecer a estética clássica das formas.
contemplar a obra por meio da movimentação física.

84

INF1842

Português

      O hoax, como é chamado qualquer boato ou farsa I na internet, pode espalhar vírus entre os seus contatos. Falsos sorteios de celulares ou frases que Clarice Lispector nunca disse são exemplos de hoax. Trata-se de boatos recebidos por e-mail ou compartilhados em redes sociais. Em geral, são mensagens dramáticas ou alarmantes que acompanham imagens chocantes, falam de crianças doentes ou avisam sobre falsos vírus. O objetivo de quem cria esse tipo de mensagem pode ser apenas se divertir com a brincadeira (de mau gosto), prejudicar a imagem de uma empresa ou espalhar uma ideologia política.

      Se o hoax for do tipo phishing (derivado de fishing, pescaria, em inglês) o problema pode ser mais grave: o usuário que clicar pode ter seus dados pessoais ou bancários roubados por golpistas. Por isso é tão importante ficar atento.

VIMERCATE, N. Disponível em: www.techtudo.com.br. Acesso em: 1 maio 2013 (adaptado).

Ao discorrer sobre os hoaxes, o texto sugere ao leitor, como estratégia para evitar essa ameaça,

recusar convites de jogos e brincadeiras feitos pela internet.
analisar a linguagem utilizada nas mensagens recebidas.
classificar os contatos presentes em suas redes sociais.
utilizar programas que identifiquem falsos vírus.
desprezar mensagens que causem comoção.

85

INF1841

Português

Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto. É, a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significado, conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada um, reconhecer nele o tipo de leitura que o seu autor pretendia e, dono da própria vontade, entregar-se a essa leitura, ou rebelar-se contra ela, propondo uma outra não prevista.

LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1993.

Nesse texto, a autora apresenta reflexões sobre o processo de produção de sentidos, valendo-se da metalinguagem. Essa função da linguagem torna-se evidente pelo fato de o texto

ressaltar a importância da intertextualidade.
propor leituras diferentes das previsíveis.
apresentar o ponto de vista da autora.
discorrer sobre o ato de leitura.
focar a participação do leitor.