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Exame Nacional do Ensino Médio

Exibindo 895 questões

526

INF857

Português


Disponível em: www.deskgram.org. Acesso em: 12 dez. 2018 (adaptado).

A associação entre o texto verbal e as imagens da garrafa e do cão configura recurso expressivo que busca

estimular denúncias de maus-tratos contra animais. 
desvincular o conceito de descarte da ideia de negligência.
incentivar campanhas de adoção de animais em situação de rua.
sensibilizar o público em relação ao abandono de animais domésticos.
alertar a população sobre as sanções legais acerca de uma prática criminosa.

527

INF856

Português

Sinhá

                                                                               Se a dona se banhou
                                                                               Eu não estava lá
                                                                               Por Deus Nosso Senhor
                                                                               Eu não olhei Sinhá
                                                                               Estava lá na roça
                                                                               Sou de olhar ninguém
                                                                               Não tenho mais cobiça
                                                                               Nem enxergo bem

                                                                               Para que me pôr no tronco
                                                                               Para que me aleijar
                                                                               Eu juro a vosmecê Que nunca vi Sinhá

                                                                               [...]

                                                                               Por que talhar meu corpo
                                                                               Eu não olhei Sinhá
                                                                               Para que que vosmincê
                                                                               Meus olhos vai furar
                                                                               Eu choro em iorubá
                                                                               Mas oro por Jesus
                                                                               Para que que vassuncê
                                                                               Me tira a luz.

CHICO BUARQUE; JOÃO BOSCO. Chico. Rio de Janeiro: Biscoito Fino, 2011 (fragmento). 

No fragmento da letra da canção, o vocabulário empregado e a situação retratada são relevantes para o patrimônio linguístico e identitário do país, na medida em que
remetem à violência física e simbólica contra os povos escravizados.
valorizam as influências da cultura africana sobre a música nacional.
relativizam o sincretismo constitutivo das práticas religiosas brasileiras.
narram os infortúnios da relação amorosa entre membros de classes sociais diferentes.
problematizam as diferentes visões de mundo na sociedade durante o período colonial.

528

INF855

Português


Intenso e original, Son of Saul retrata horror do holocausto

    Centenas de filmes sobre o holocausto já foram produzidos em diversos países do mundo, mas nenhum é tão intenso como o húngaro Son of Saul, do estreante em longa-metragens László Nemes, vencedor do Grande Prêmio do Júri no último Festival de Cannes.
    Ao contrário da grande maioria das produções do gênero, que costuma oferecer uma variedade de informações didáticas e não raro cruza diferentes pontos de vista sobre o horror do campo de concentração, o filme acompanha apenas um personagem.
    Ele é Saul (Géza Röhrig), um dos encarregados de conduzir as execuções de judeus como ele que, por um dia e meio, luta obsessivamente para que um menino já morto — que pode ou não ser seu filho — tenha um enterro digno e não seja simplesmente incinerado.
    O acompanhamento da jornada desse prisioneiro é no sentido mais literal que o cinema pode proporcionar: a câmera está o tempo todo com o personagem, seja por sobre seus ombros, seja com um close em primeiro plano ou em sua visão subjetiva. O que se passa ao seu redor é secundário, muitas vezes desfocado.
    Saul percorre diferentes divisões de Auschwitz à procura de um rabino que possa conduzir o enterro da criança, e por isso pouco se envolve nos planos de fuga que os companheiros tramam e, quando o faz, geralmente atrapalha. “Você abandonou os vivos para cuidar de um morto”, acusa um deles.
    Ver toda essa via crucis é por vezes duro e exige certa entrega do espectador, mas certamente é daquelas experiências cinematográficas que permanecem na cabeça por muito tempo.
    O longa já está sendo apontado como o grande favorito ao Oscar de filme estrangeiro. Se levar a estatueta, certamente não faltará quem diga que a Academia tem uma preferência por quem aborda a 2ª Guerra. Por mais que exista uma dose de verdade na afirmação, premiar uma abordagem tão ousada e radical como Son of Saul não deixaria de ser um passo à frente dos votantes.

Carta Capital, n. 873, 22 out. 2015. 

A resenha é, normalmente, um texto de base argumentativa. Na resenha do filme Son of Saul, o trecho da sequência argumentativa que se constitui como opinião implícita é
“[…] do estreante em longa-metragens László Nemes, vencedor do Grande Prêmio do Júri no último Festival de Cannes”.
“Ele é Saul (Géza Röhrig), um dos encarregados de conduzir as execuções de judeus […]”.
“[…] a câmera está o tempo todo com o personagem, seja por sobre seus ombros, seja com um close […]”. 
“Saul percorre diferentes divisões de Auschwitz à procura de um rabino que possa conduzir o enterro da criança […]”.
“[…] premiar uma abordagem tão ousada e radical como Son of Saul não deixaria de ser um passo à frente dos votantes”.

529

INF854

Português

A volta do marido pródigo

        — Bom dia, seu Marrinha! Como passou de ontem?
        — Bem. Já sabe, não é? Só ganha meio dia. [...]
        Lá além, Generoso cotuca Tercino:
        — [...] Vai em festa, dorme que-horas, e, quando chega, ainda é todo enfeitado e salamistrão!...
        — Que é que hei de fazer, seu Marrinha... Amanheci com uma nevralgia... Fiquei com cisma de apanhar friagem...
        — Hum...
        — Mas o senhor vai ver como eu toco o meu serviço e ainda faço este povo trabalhar...
        [...]
     Pintão suou para desprender um pedrouço, e teve de pular para trás, para que a laje lhe não esmagasse um pé. Pragueja:
        — Quem não tem brio engorda!
        — É... Esse sujeito só é isso, e mais isso... — opina Sidu.
       — Também, tudo p’ra ele sai bom, e no fim dá certo... — diz Correia, suspirando e retomando o enxadão. — “P’ra uns, as vacas morrem ... p’ra outros até boi pega a parir...”.
        Seu Marra já concordou:
      — Está bem, seu Laio, por hoje, como foi por doença, eu aponto o dia todo. Que é a última vez!... E agora, deixa de conversa fiada e vai pegando a ferramenta!

ROSA, J. G. Sagarana. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967.

Esse texto tem importância singular como patrimônio linguístico para a preservação da cultura nacional devido
à menção a enfermidades que indicam falta de cuidado pessoal.
à referência a profissões já extintas que caracterizam a vida no campo.
aos nomes de personagens que acentuam aspectos de sua personalidade. 
ao emprego de ditados populares que resgatam memórias e saberes coletivos. 
às descrições de costumes regionais que desmistificam crenças e superstições.

530

INF853

Português

    O documentário O menino que fez um museu, direção de Sérgio Utsch, produção independente de brasileiros e britânicos, gravado no Nordeste em 2016, mais precisamente no distrito Dom Quintino, zona rural do Crato, foi premiado em Londres, pela Foreign Press Association (FPA), a associação de correspondentes estrangeiros mais antiga do mundo, fundada em 1888.
    De acordo com o diretor, O menino que fez um museu foi o único trabalho produzido por equipes fora do eixo Estados Unidos-Europa entre os finalistas. O documentário conta a história de um Brasil profundo, desconhecido até mesmo por muitos brasileiros. É apresentado com o carisma de Pedro Lucas Feitosa, 11 anos.
    Quando tinha 10 anos, Pedro Lucas criou o Museu de Luiz Gonzaga, que fica no distrito de Dom Quintino. A ideia surgiu após uma visita que o garoto fez, em 2013, quando tinha 8 anos, ao Museu do Gonzagão, em Exu, Pernambuco. Pedro decidiu criar o próprio lugar de exposição para homenagear o rei e o local escolhido foi a casa da sua bisavó já falecida, que fica ao lado da casa dele, na rua Alto de Antena.

Disponível em: www.opovo.com.br. Acesso em: 18 abr. 2018.

No segundo parágrafo, uma citação afirma que o documentário “foi o único trabalho produzido por equipes fora do eixo Estados Unidos-Europa entre os finalistas”. No texto, esse recurso expressa uma estratégia argumentativa que reforça a
originalidade da iniciativa de homenagem à vida e à obra de Luiz Gonzaga. 
falta de concorrentes ao prêmio de uma das associações mais antigas do mundo.
proeza da premiação de uma história ambientada no interior do Nordeste brasileiro.
escassez de investimentos para a produção cinematográfica independente no país. 
importância da parceria entre brasileiros e britânicos para a realização das filmagens.