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Exibindo 1074 questões

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INF1052

Português
        Sou o coração do folclore nordestino
        Eu sou Mateus e Bastião do Boi-bumbá
        Sou o boneco de Mestre Vitalino
        Dançando uma ciranda em Itamaracá
        Eu sou um verso de Carlos Pena Filho
        Num frevo de Capiba
        Ao som da Orquestra Armorial
        Sou Capibaribe
        Num livro de João Cabral
        Sou mamulengo de São Bento do Una
        Vindo no baque solto de maracatu
        Eu sou um auto de Ariano Suassuna
        No meio da Feira de Caruaru
        Sou Frei Caneca do Pastoril do Faceta
        Levando a flor da lira
        Pra Nova Jerusalém
        Sou Luiz Gonzaga
        E sou do mangue também
        Eu sou mameluco, sou de Casa Forte
        Sou de Pernambuco, sou o Leão do Norte

LENINE; PINHEIRO, P.C. Leão do Norte. In: LENINE; SUZANO, M. Olho de peixe.
São Paulo: Velas, 1993 (fragmento).

O fragmento faz parte da canção brasileira contemporânea e celebra a cultura popular nordestina. Nele, o artista exalta as diferentes manifestações culturais pela
valorização do teatro, música, artesanato, literatura, dança, personagens históricos e artistas populares, compondo um tecido diversificado e enriquecedor da cultura popular como patrimônio regional e nacional.
identificação dos lugares pernambucanos, manifestações culturais, como o bumba meu boi, as cirandas, os bonecos mamulengos e heróis locais, fazendo com que essa canção se apresente como uma referência à cultura popular nordestina.
exaltação das raízes populares, como a poesia, a literatura de cordel e o frevo, misturadas ao erudito, como a Orquestra Armorial, compondo um rico tecido cultural, que transforma o popular em erudito.
caracterização das festas populares como identidade cultural localizada e como representantes de uma cultura que reflete valores históricos e sociais próprios da população local.
apresentação do Pastoril do Faceta, do maracatu, do bumba meu boi e dos autos como representação da musicalidade e do teatro popular religioso, bastante comum ao folclore brasileiro.

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INF1051

Português

Por que a indústria do empreendedorismo de palco irá destruir você

        Se, antigamente, os livros, enormes e com suas setecentas páginas, cuspiam fórmulas, equações e cálculos que te ensinavam a lidar com o fluxo de caixa da sua empresa, hoje eles dizem: "Você irá chegar lá! Acredite, você irá vencer!”.
        Mindset, empoderamento, millennials, networking, coworking, deal, business, deadline, salesman com perfil hunter... tudo isso faz parte do seu vocabulário. O pacote de livros é sempre idêntico e as experiências são passadas da mesma forma: você está a um único centímetro da vitória. Não pare!
        Se desistir agora, será para sempre. Tome, leia a estratégia do oceano azul. Faça mais uma mentoria, participe de mais uma sessão de coaching. O problema é que o seu mindset não está ajustado. Você precisa ser mais proativo. Vamos fazer mais um powermind? Eu consigo um precinho bacana para você...

CARVALHO, Í. C. Disponível em: https://medium.com.
Acesso em: 17 ago. 2017 (adaptado).

De acordo com o texto, é possível identificar o “empreendedor de palco” por

livros por ele indicados.
suas habilidades em língua inglesa.
experiências por ele compartilhadas.
padrões de linguagem por ele utilizados.
preços acessíveis de seus treinamentos.

513

INF1050

Português

Disponível em: www.globofilmes.globo.com. Acesso em: 13 dez. 2017 (adaptado).

A frase, título do filme, reproduz uma variedade linguística recorrente na fala de muitos brasileiros. Essa estrutura caracteriza-se pelo(a)

uso de uma marcação temporal.
imprecisão do referente de pessoa.
organização interrogativa da frase.
utilização de um verbo de ação.
apagamento de uma preposição.

514

INF1049

Português

        Vou-me embora p'ra Pasárgada foi o poema de mais longa gestação em toda a minha obra. Vi pela primeira vez esse nome Pasárgada quando tinha os meus dezesseis anos e foi num autor grego. (...) Esse nome de Pasárgada, que significa "campo dos persas" ou “tesouro dos persas", suscitou na minha imaginação uma paisagem fabulosa, um pais de delicias, como o de L'invitation au Voyage, de Baudelaire. Mais de vinte anos depois, quando eu morava só na minha casa da Rua do Curvelo, num momento de fundo desânimo, da mais aguda sensação de tudo o que eu não tinha feito em minha vida por motivo da doença, saltou-me de súbito do subconsciente este grito estapafúrdio: “Vou-me embora p’ra Pasárgada!" Senti na redondilha a primeira célula de um poema, e tentei realizá-lo, mas fracassei. Alguns anos depois, em idênticas circunstâncias de desalento e tédio, me ocorreu o mesmo desabafo de evasão da “vida besta”. Desta vez o poema saiu sem esforço como se já estivesse pronto dentro de mim. Gosto desse poema porque vejo nele, em escorço, toda a minha vida; [...] Não sou arquiteto, como meu pai desejava, não fiz nenhuma casa, mas reconstruí e “não de uma forma imperfeita neste mundo de aparências", uma cidade ilustre, que hoje não é mais a Pasárgada de Ciro, e sim a “minha" Pasárgada.

BANDEIRA, M. Itinerário de Pasárgada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; Brasília: INL, 1984.

Os processos de interação comunicativa preveem a presença ativa de múltiplos elementos da comunicação, entre os quais se destacam as funções da linguagem. Nesse fragmento, a função da linguagem predominante é a

emotiva, porque o poeta expõe os sentimentos de angústia que o levaram à criação poética.
referencial, porque o texto informa sobre a origem do nome empregado em um famoso poema de Bandeira.
metalinguística, porque o poeta tece comentários sobre a gênese e o processo de escrita de um de seus poemas.
poética, porque o texto aborda os elementos estéticos de um dos poemas mais conhecidos de Bandeira.
apelativa, porque o poeta tenta convencer os leitores sobre sua dificuldade de compor um poema.

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INF1048

Português

TEXTO I


HIRST, D. Mother and Child. Bezerro dividido em duas partes: 1029 x
1689 x 625mm, 1993 (detalhe). Vidro, aço pintado, silicone, acrílico,
monofilamento, aço inoxidável, bezerro e solução de formaldeído.


TEXTO II

        O grupo Jovens Artistas Britânicos (YABs), que surgiu no final da década de 1980, possui obras diversificadas que incluem fotografias, instalações, pinturas e carcaças desmembradas. O trabalho desses artistas chamou a atenção no final do período da recessão, por utilizar materiais incomuns, como esterco de elefantes, sangue e legumes, o que expressava os detritos da vida e uma atmosfera de niilismo, temperada por um humor mordaz.

Disponível em: http://damienhirst.com. Acesso em: 15 jul. 2015.
FARTHING, S. Tudo sobre arte. Rio de Janeiro: Sextante, 2011 (adaptado).

A provocação desse grupo gera um debate em torno da obra de arte pelo(a)
recusa a crenças, convicções, valores morais, estéticos e políticos na história moderna.
frutífero arsenal de materiais e formas que se relacionam com os objetos construídos.
economia e problemas financeiros gerados pela recessão que tiveram grande impacto no mercado.
influência desse grupo junto aos estilos pós-modernos que surgiram nos anos 1990.
interesse em produtos indesejáveis que revela uma consciência sustentável no mercado.