As equipes multigeracionais são cada vez mais comuns nas empresas. O encontro de gerações ocorre devido à introdução de profissionais mais jovens e à prorrogação da inatividade de profissionais mais antigos, como os Baby Boomers, por exemplo.
O aumento da expectativa de vida, a redução da mortalidade infantil e a queda da natalidade também são colaboradores para que esse fenômeno aconteça.
Continue a leitura e descubra como gerir e extrair todo o potencial das gerações inseridas no mercado de trabalho.
Cada grupo geracional é influenciado por um determinado contexto histórico social, possuindo comportamentos, costumes, valores e hábitos distintos.
Antes de qualquer coisa é preciso compreender as características de cada geração.
Os Baby Boomers são aqueles nascidos entres 1945 e 1960, durante a explosão demográfica após a Segunda Guerra Mundial. Esse período gerou a escassez de responsabilidades individuais específicas, transformando seus integrantes em pessoas simples e triviais. São funcionários leais, disciplinados, que honram a empresa em que trabalham.
O lema da geração é a simplicidade e este grupo busca a estabilidade. Passam anos ocupando e se dedicando aos mesmos cargos. São a memória corporativa da empresa e contribuem repassando conhecimentos adquiridos aos mais jovens.
A flexibilidade não existe, limitando o ambiente de trabalho apenas ao escritório.
A Geração X é composta por indivíduos que nasceram entre 1960 e 1980, no contexto pós Revolução Industrial. Foram os primeiros a ter contato com a tecnologia. Trabalham muito, sendo considerados workaholics, e visam recompensas a longo prazo. São confiantes, competitivos, dinâmicos e bons trabalhando em equipe.
Buscam bonificações e oportunidades de crescimento através de conhecimento e certificações profissionais. O sucesso está relacionado ao enriquecimento do histórico profissional.
Também deram início aos conceitos de happy hour e networking por mesclarem vida pessoal e profissional.
Os Millenials, também conhecidos como Geração Y, são aqueles que nasceram entre 1980 e 2000. Totalmente inseridos no contexto tecnológico, este grupo está sempre conectado. Empenhados na conquista pela felicidade durante a trajetória profissional, é um grupo que valoriza os propósitos.
São informais, modernos, alternativos e criativos. Mas também ansiosos e impacientes devido à velocidade do tráfego de informações diário. Possuem mentalidade digital, líquida e coletiva, e são dependentes da tecnologia.
Integram vida social e profissional, aprovam meios informais de educação e estão sempre em busca de novos conhecimentos. São adeptos ao home office, à mobilidade, flexibilidade, e aos espaços compartilhados, que possibilitam a capacidade de trabalhar de qualquer lugar.
A Geração Z é composta por integrantes considerados nativos digitais. Este grupo já nasceu incorporado ao contexto tecnológico e é repleto de usuários excessivos dos veículos eletrônicos, apesar de estarem cientes dos malefícios causados à saúde.
Possuem facilidade em aprender e se adaptar, e são profissionais multifuncionais, práticos e extremamente dispostos a realizar as funções atribuídas. Gostam de ser ouvidos e buscam a estabilidade financeira.
Ao longo da descrição básica das gerações foram identificados três tipos de perfis: aqueles que funcionam com regras, padrões e buscam estabilidade, motivados por reconhecimento através do esforço; aqueles liberais, animados e entusiasmados, que buscam felicidade e engajamento no trajeto, metas menores e autonomia; e aqueles motivados pelo aumento de metas, para que os resultados sejam maiores e resultem em reconhecimento profissional.
Gerenciar equipes compostas por integrantes de gerações distintas é um dos maiores desafios para as empresas hoje em dia.
Primeiramente é necessário conhecer os funcionários, compreender suas habilidades, expectativas e quais são as suas preferências. Só então será possível extrair o melhor de cada profissional.
Ao definir objetivos para cada grupo busque propor metas alcançáveis e seja claro. As formas de engajamento de cada geração também diferem, logo, esteja ciente de quais são elas e aposte na cultura de feedback, adaptando o reconhecimento de acordo com as preferências de cada grupo. Profissionais mais jovens tendem a preferir possibilidades de desenvolvimento, treinamento e conhecimento, já os baby boomers optam por receberem prestígio, construindo uma boa reputação.
A linguagem também é um fator muito importante que pode auxiliar ou prejudicar o funcionamento da empresa. Aplique as linguagens utilizadas por cada grupo geracional. Além de promover a identificação da equipe com o líder, isso também resultará na retenção de talentos e no maior engajamento dos contribuintes.
As trocas de experiências também são atividades a serem promovidas. Assim como os mais antigos na empresa podem fornecer vivências e estratégias adquiridas com o tempo, os recém-chegados no mercado de trabalho podem auxiliar com o manuseio e a utilização de aparelhos tecnológicos e apresentar informações sobre as novas tendências.
Manter o ambiente inclusivo só traz benefícios para o grupo. Para isso, procure encontrar pontos harmônicos entre as gerações. Alguns aspectos básicos são: boa remuneração, possibilidade de crescimento, benefícios, respeito, flexibilidade... Dificilmente bons profissionais, independente do grupo geracional em que estão inseridos, não estarão buscando por essas perspectivas.
Por último, mas não menos importante: esteja aberto a ouvir a opinião de todos. Esse contato direito aproxima o funcionário e proporciona um melhor entendimento das situações.
A diversidade em uma empresa se dá a partir do momento em que ela passa a refletir a sociedade em que está inserida. A diversidade e a inclusão são geralmente manifestadas através de questões raciais, de igualdade de gênero e pessoas com deficiência. Poucas vezes são citados temas como a importância de equipes multigeracionais.
Um ambiente que integre faixas etárias diferentes agrega valores e princípios, e está propenso a viabilizar a troca de experiências. As oportunidades aumentam e os integrantes da equipe contam com muitos aprendizados relevantes e valiosos para o crescimento profissional.
Além disso, o encontro de gerações traz a inovação ao ambiente de trabalho através das diversas ideias construídas pelo grupo. Isso resulta no aumento da produtividade e possibilita a melhor elaboração dos planejamentos estratégicos.
Manter a convergência de gerações inseridas em contextos culturais e sociais distintos pode trazer vantagens à empresa.
O encontro geracional proporciona a troca de experiências, tornando melhor o convívio ao aproximar os profissionais, e a criatividade passa a ser estimulada através da diversidade no ambiente de trabalho
Essa junção de forças e pontenciais de funcionários dispostos, atualizados, experientes e eficientes fortalece a equipe e aumenta as taxas de competitividade e produtividade, o que é benéfico.
A soma das habilidades de cada grupo torna a resolução de problemas mais fácil e eficaz, e intensifica a amplitude do processo de inovação, já que muitas opiniões e pontos de vista foram apresentados e debatidos antes da tomada de decisão.
A pluralidade de gerações em ambientes de trabalho é um aspecto fundamental por promover a troca de conhecimentos e facilitar diversos processos internos. É preciso valorizar todos os grupos geracionais e compreender suas capacidades e preferências.
Todos os funcionários são singulares e possuem muito conhecimento, obviamente em áreas distintas, e têm muito a agregar, podendo contribuir para o bom funcionamento do negócio.
Para saber mais sobre o assunto confira o curso O Desafio de Liderar as Diferentes Gerações e esteja preparado para gerir equipes multigeracionais.
Equipe de Comunicação e Marketing da Infinício