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Exibindo 895 questões

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INF912

História
        Nem guerras, nem revoltas. Os incêndios eram o mais frequente tormento da vida urbana no Regnum Italicum. Entre 880 e 1080, as cidades estiveram constantemente entregues ao apetite das chamas. A certa altura, a documentação parece vencer pela insistência do vocabulário, levando até o leitor mais crítico a cogitar que os medievais tinham razão ao tratar aqueles acontecimentos como castigos que antecediam o julgamento final. Como um quinto cavaleiro apocalíptico, o incêndio agia ao feitio da peste ou da fome: vagando mundo afora, retornava de tempos em tempos e expurgava justos e pecadores num tormento derradeiro, como insistiam os textos do século X. O impacto acarretado sobre as relações sociais era imediato e prolongava-se para além da destruição material. As medidas proclamadas pelas autoridades faziam mais do que reparar os danos e reconstruir a paisagem: elas convertiam a devastação em uma ocasião para alterar e expandir não só a topografia urbana, mas as práticas sociais até então vigentes.

RUST, L. D. Uma calamidade insaciável. Rev. Bras. Hist., n. 72, maio-ago. 2016 (adaptado).

De acordo com o texto, a catástrofe descrita impactava as sociedades medievais por proporcionar a
correção dos métodos preventivos e das regras sanitárias.
revelação do descaso público e das degradações ambientais.
transformação do imaginário popular e das crenças religiosas.
remodelação dos sistemas políticos e das administrações locais.
reconfiguração dos espaços ocupados e das dinâmicas comunitárias.

472

INF911

Sociologia
        Houve crescimento de 74% da população brasileira encarcerada entre 2005 e 2012. As análises possibilitaram identificar o perfil da população que está nas prisões do país: homens, jovens (abaixo de 29 anos), negros, com ensino fundamental incompleto, acusados de crimes patrimoniais e, no caso dos presos adultos, condenados e cumprindo regime fechado e, majoritariamente, com penas de quatro até oito anos.

BRASIL. Mapa do encarceramento: os jovens do Brasil. Brasília: Presidência da República, 2015.

Nesse contexto, as políticas públicas para minimizar a problemática descrita devem privilegiar a
flexibilização do Código Civil.
promoção da inclusão social.
redução da maioridade penal.
contenção da corrupção política.
expansão do período de reclusão.

473

INF910

Sociologia
        Ao mesmo tempo, graças às amplas possibilidades que tive de observar a classe média, vossa adversária, rapidamente concluí que vós tendes razão, inteira razão, em não esperar dela qualquer ajuda. Seus interesses são diametralmente opostos aos vossos, mesmo que ela procure incessantemente afirmar o contrário e vos queira persuadir que sente a maior simpatia por vossa sorte. Mas seus atos desmentem suas palavras.

ENGELS, F. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. São Paulo: Boitempo, 2010.

No texto, o autor apresenta delineamentos éticos que correspondem ao(s)
conceito de luta de classes.
alicerce da ideia de mais-valia.
fundamentos do método científico.
paradigmas do processo indagativo.
domínios do fetichismo da mercadoria.

474

INF909

Geografia
        Por maioria, nós não entendemos uma quantidade relativa maior, mas a determinação de um estado ou de um padrão em relação ao qual tanto as quantidades maiores quanto as menores serão ditas minoritárias. Maioria supõe um estado de dominação. É nesse sentido que as mulheres, as crianças e também os animais são minoritários.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil platôs. São Paulo: Editora 34, 2012 (adaptado).

No texto, a caracterização de uma minoria decorre da existência de
ameaças de extinção social.
políticas de incentivos estatais.
relações de natureza arbitrária.
valorações de conexões simétricas.
hierarquizações de origem biológica.

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INF908

Geografia
        As atividades mineradoras têm criado conflitos com extrativistas, quilombolas, pequenos agricultores, ribeirinhos, pescadores artesanais e povos indígenas. Em geral, estes sujeitos têm encontrado grande dificuldade de reproduzir suas dinâmicas territoriais depois da instalação da atividade mineradora, nem sempre com reconhecimento do impacto ao seu território pelo Estado e pela empresa, ficando sem qualquer tipo de compensação econômica. Em outros casos, nem a compensação econômica tem sido capaz de evitar o esgarçamento das relações sociais destes grupos que sofrem com a reconstrução abrupta das suas identidades e de suas dinâmicas territoriais.

PALHETA, J. M. et al. Conflitos pelo uso do território na Amazônia mineral. Mercator, n. 16, 2017.

O texto apresenta uma relação entre atividade econômica e organização social marcada pelo(a)
escassez de incentivo cultural.
rompimento de vínculos locais.
carência de investimento financeiro.
estabelecimento de práticas agroecológicas.
enriquecimento das comunidades autóctones.