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Exibindo 895 questões

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INF1230

Português

        Com o enredo que homenageou o centenário do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, a Unidos da Tijuca foi coroada no Carnaval 2012.
      A penúltima escola a entrar na Sapucaí, na segunda noite de desfiles, mergulhou no universo do cantor e compositor brasileiro e trouxe a cultura nordestina com criatividade para a Avenida, com o enredo O dia em que toda a realeza desembarcou na Avenida para coroar o Rei Luiz do Sertão.

Disponível em: www.cultura.rj.gov.br.
Acesso em: 15 maio 2012 (adaptado).

A notícia relata um evento cultural que marca a

primazia do samba sobre a música nordestina.
inter-relação entre dois gêneros musicais brasileiros.
valorização das origens oligárquicas da cultura nordestina.
proposta de resgate de antigos gêneros musicais brasileiros.
criatividade em compor um samba-enredo em homenagem a uma pessoa.

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INF1229

Português

Blues da piedade

               Vamos pedir piedade
               Senhor, piedade
               Pra essa gente careta e covarde
               Vamos pedir piedade
               Senhor, piedade
               Lhes dê grandeza e um pouco de coragem

CAZUZA. Cazuza: o poeta não morreu. Rio de Janeiro:
Universal Music, 2000 (fragmento).

Todo gênero apresenta elementos constitutivos que condicionam seu uso em sociedade. A letra de canção identifica-se com o gênero ladainha, essencialmente, pela utilização da sequência textual

expositiva, por discorrer sobre um dado tema.
narrativa, por apresentar uma cadeia de ações.
injuntiva, por chamar o interlocutor à participação.
descritiva, por enumerar características de um personagem.
argumentativa, por incitar o leitor a uma tomada de atitude.

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INF1228

Português


Disponível em: www.acnur.org. Acesso em: 11 dez. 2018.

Nesse cartaz, o uso da imagem do calçado aliada ao texto verbal tem o objetivo de

criticar as difíceis condições de vida dos refugiados.
revelar a longa trajetória percorrida pelos refugiados.
incentivar a campanha de doações para os refugiados.
denunciar a situação de carência vivida pelos refugiados.
simbolizar a necessidade de adesão à causa dos refugiados.

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INF1227

Português

Uma ouriça

               Se o de longe esboça lhe chegar perto,
               se fecha (convexo integral de esfera),
               se eriça (bélica e multiespinhenta):
               e, esfera e espinho, se ouriça à espera.
               Mas não passiva (como ouriço na loca);
               nem só defensiva (como se eriça o gato);
               sim agressiva (como jamais o ouriço),
               do agressivo capaz de bote, de salto
               (não do salto para trás, como o gato):
               daquele capaz de salto para o assalto.

               Se o de longe lhe chega em (de longe),
               de esfera aos espinhos, ela se desouriça.
               Reconverte: o metal hermético e armado
               na carne de antes (côncava e propícia),
               e as molas felinas (para o assalto),
               nas molas em espiral (para o abraço).

MELO NETO, J. C. A educação pela pedra. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1997.

Com apuro formal, o poema tece um conjunto semântico que metaforiza a atitude feminina de

tenacidade transformada em brandura.
obstinação traduzida em isolamento.
inércia provocada pelo desejo platônico.
irreverência cultivada de forma cautelosa.
desconfiança consumada pela intolerância.

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INF1226

Português

Menina

      A máquina de costura avançava decidida sobre o pano. Que bonita que a mãe era, com os alfinetes na boca. Gostava de olhá-la calada, estudando seus gestos, enquanto recortava retalhos de pano com a tesoura. Interrompia às vezes seu trabalho, era quando a mãe precisava da tesoura. Admirava o jeito decidido da mãe ao cortar pano, não hesitava nunca, nem errava. A mãe sabia tanto! Tita chamava-a de ( ) como quem diz ( ). Tentava não pensar as palavras, mas sabia que na mesma hora da tentativa tinha-as pensado. Oh, tudo era tão difícil. A mãe saberia o que ela queria perguntar-lhe intensamente agora quase com fome depressa depressa antes de morrer, tanto que não se conteve e — Mamãe, o que é desquitada? — atirou rápida com uma voz sem timbre. Tudo ficou suspenso, se alguém gritasse o mundo acabava ou Deus aparecia — sentia Ana Lúcia. Era muito forte aquele instante, forte demais para uma menina, a mãe parada com a tesoura no ar, tudo sem solução podendo desabar a qualquer pensamento, a máquina avançando desgovernada sobre o vestido de seda brilhante espalhando luz luz luz.

ÂNGELO, I. Menina. In: A face horrível. São Paulo: Lazuli, 2017.

Escrita na década de 1960, a narrativa põe em evidência uma dramaticidade centrada na

insinuação da lacuna familiar gerada pela ausência da figura paterna.
associação entre a angústia da menina e a reação intempestiva da mãe.
relação conflituosa entre o trabalho doméstico e a emancipação feminina.
representação de estigmas sociais modulados pela perspectiva da criança.
expressão de dúvidas existenciais intensificadas pela percepção do abandono.