Tomemos como referência o desastre ambiental ocorrido em 2019, em uma barragem, em Brumadinho, Minas Gerais: qual o seu impacto para uma grande empresa, como a mineradora Vale?
Considerando três áreas primordiais, meio ambiente, sociedade e governança, este fato pode sim ter acarretado repercussão negativa para a imagem da referida empresa.
Em 2005, durante reunião liderada pela Organização das Nações Unidas, foi elaborado o relatório “Who cares win” (Ganha quem se importa), cuja conclusão continha a afirmação de que a incorporação das três áreas citadas, nos planos estratégicos das empresas, gerava mais sustentabilidade. A partir desta ação, foram estabelecidos critérios de avaliação referentes às práticas ambientais, sociais e de governança de uma empresa, a ESG (environmental, social and governance).
Retornando à Vale, o seu diretor-presidente, Eduardo Bartolomeo, afirmou, durante uma teleconferência ocorrida em abril, do ano corrente, de que a empresa tem como objetivo reparar “integralmente os danos causados em Brumadinho pelo rompimento da barragem da mina de Córrego do Feijão, em 2019. Nossa missão é fazer da empresa referência em práticas ESG”.
A incorporação de práticas ambientais, sociais e de governança, podem trazer impactos positivos, para as empresas, como a minimização dos danos causados ao meio ambiente, uma melhor gestão dos resíduos produzidos, a satisfação dos clientes, a diversidade da equipe e a relação das entidades com o Governo, aumentando o valor de mercado, atraindo a atenção de possíveis investidores e contribuindo para uma sociedade mais sustentável, respeitosa, em relação aos recursos naturais, não almejando apenas a lucratividade, exercendo, assim, um novo modelo de negócios.
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