O perigo representado pelo esgotamento de recursos naturais afeta toda a espécie humana. Hoje, o modelo linear insustentável, há mais de 40 anos reproduzido, em nada beneficia e preserva a natureza.
A demanda por recursos naturais é extrema e o planeta é incapaz de suprir toda essa necessidade, sobrecarregando os ecossistemas com explorações demasiadas e muito rápidas.
Assim, a natureza não é capaz de se recompor de forma natural, gerando incontáveis malefícios inevitáveis à sociedade.
Com isso, a sustentabilidade vem sendo, desde a década de 60, quando foi iniciada a consciência pelo assunto, um dos principais temas discutidos em aspecto global.
Confira neste artigo os principais marcos para o desenvolvimento da conscientização sobre a sustentabilidade ambiental.
1962 - Publicação do livro de Rachel Carson, “Primavera Silenciosa”, a fim de expor os prejuízos do uso de pesticidas.
1968 - Conferência da Biosfera: evento que buscava o encorajamento da abordagem de multi-atores para o uso consciente, visando a conservação de recursos naturais.
1968 - Criação do Clube de Roma: encontro envolvendo 30 pesquisadores que originou a instituição que até hoje existe, fomentando os ideais de: perspectivas a longo prazo, conceito de “problematique”, conjunto de problemáticas globais interligadas, ordem econômica, política, social e ambiental.
1968 - Relatório Atividades da Organizações das Nações Unidas e Programas Relevantes ao Meio Ambiente Humano: estabeleceu bases para o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
1969 - Relatório Geral Problemas do meio ambiente humano: emitiu um alerta sobre as tendências prejudiciais que punham em risco a humanidade.
1972 - Publicação do Relatório “Limites do Crescimento”: o documento apontava o problema dos limites planetários, fortalecendo os temas voltados à sustentabilidade, fazendo com que estes ganhassem proporções mundiais. Além disso, confrontava o paradigma incontestado do crescimento material contínuo e a procura pelo crescimento econômico ilimitado.
1972 - Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano: conhecida também como Conferência de Estocolmo, a reunião alertou sobre a relevância do estabelecimento de critérios e princípios únicos e comuns para o benefício da humanidade. Estímulo à busca por ações de prevenção e melhorias para o meio ambiente foram alguns dos temas levantados.
1973 - Inauguração da sede do PNUMA, no Centro de Convenções Internacional Kenyatta, Nairóbi.
1974 - Celebração do primeiro Dia Mundial do Meio Ambiente em 5 de junho, lançado pelo PNUMA, com a temática “Só Uma Terra”. Foi abordada a degradação acelerada dos oceanos e áreas costeiras mundiais através da abordagem “mares compartilhados”.
1980 - Publicação da Estratégia de Conservação Mundial: o documento marcou e definiu o conceito de desenvolvimento sustentável, moldando a agenda global de desenvolvimento sustentável.
1982 - Primeiro Programa de Montevidéu: estabeleceu prioridades para a legislação ambiental global, aprovou importantes acordos e apoiou 120 governos no desenvolvimento de legislações ambientais.
1983 - Criação da Comissão Brundtland: Visava o avanço em relação às propostas mundiais acerca da conservação do meio ambiente.
1987 - Publicação do Relatório de Brundtland “Nosso Futuro Comum”: publicado pelas Nações Unidas e Universidade de Oxford, o documento apontava o multilateralismo e a como as nações eram interdependentes na busca pelo desenvolvimento sustentável.
1992 - Rio 92 ou Eco 92: conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento que originou a agenda para a sustentabilidade, englobando os cinco continentes.
1997 - Conferência das Partes em Quioto, no Japão: reuniu 159 países e originou o protocolo do Quioto, que buscava o estabelecimento de metas para reduzir a emissão dos gases de efeito estufa para os países participantes.
2000 - Lançamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM): originado pela ONU, reunindo 189 países, chefes de Estado e de governo para estabelecer metas de desenvolvimento em áreas prioritárias (meio ambiente, pobreza, saúde)
2006 - Documentário “Uma Verdade Inconveniente”, de Al Gore: alertava sobre riscos do aquecimento global gerado pela poluição devido ao acúmulo de gases poluentes.
2007 - Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC): alertava a comunidade sobre os problemas relacionados às mudanças climáticas.
2015 - COP 21 ou Conferência do Clima de Paris: buscava o avanço de um acordo legal e global voltado ao clima no planeta. As metas estabelecidas visavam manter o aquecimento global abaixo de 2° C.
2015 - Renovação dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio: buscava estabelecer uma agenda até 2030 para o desenvolvimento global sustentável.
2019 - Cúpula de Ação Climática: convocada por António Guterres, Secretário-Geral da ONU, apresentou novos caminhos e ações práticas para mudar a resposta global para o enfrentamento das alterações no clima.
Para saber mais sobre o assunto, confira o curso de ESG.
Equipe de Comunicação e Marketing da Infinício