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Exibindo 1434 questões

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INF1610

Português

TEXTO I


RAUSCHENBERG, R. Cama. Óleo e lápis em travesseiro, colcha e folha em suporte de madeira.
191,1 x80x 20,3 cm. Museu de Arte Moderna de Nova York, 1995.

Disponível em: www.moma.org. Acesso em: 8 jun. 2017.

TEXTO II

No verão de 1954, o artista Robert Rauschenberg (n.1925) criou o termo combine para se referir a suas novas obras que possuíam aspectos tanto da pintura como da escultura.

Em 1958, Cama foi selecionada para ser incluída em uma exposição de jovens artistas americanos e italianos no Festival dos Dois Mundos em Spoleto, na Itália. Os responsáveis pelo festival, entretanto, se recusaram a expor a obra e a removeram para um depósito.

Embora o mundo da arte debatesse a inovação de se pendurar uma cama numa parede, Rauschenberg considerava sua obra “um dos quadros mais acolhedores que já pintei, mas sempre tive medo de que alguém quisesse se enfiar nela”.

DEMPSEY, A. Estilos, escolas e movimentos: guia enciclopédico da arte moderna.
São Paulo: Cosac & Naify, 2003.

A obra de Rauschenberg chocou o público na época em que foi feita, e recebeu forte influência de um movimento artístico que se caracterizava pela

dissolução das tonalidades e dos contornos, revelando uma produção rápida.
exploração insólita de elementos do cotidiano, dialogando com os ready-mades.
repetição exaustiva de elementos visuais, levando à simplificação máxima da composição.
incorporação das transformações tecnológicas, valorizando o dinamismo da vida moderna.
geometrização das formas, diluindo os detalhes sem se preocupar com a fidelidade ao real.

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INF1609

Português

      O homem disse, Está a chover, e depois, Quem é você, Não sou daqui, Anda à procura de comida, Sim, há quatro dias que não comemos, E como sabe que são quatro dias, É um cálculo, Está sozinha, Estou com o meu marido e uns companheiros, Quantos são, Ao todo, sete, Se estão a pensar em ficar conosco, tirem daí o sentido, já somos muitos, Só estamos de passagem, Donde vêm, Estivemos internados desde que a cegueira começou, Ah, sim, a quarentena, não serviu de nada, Por que diz isso, Deixaram-nos sair, Houve um incêndio e nesse momento percebemos que os soldados que nos vigiavam tinham desaparecido, E saíram, Sim, Os vossos soldados devem ter sido dos últimos a cegar, toda a gente está cega, Toda a gente, a cidade toda, o país,

SARAMAGO, J. Ensaio sobre a cegueira. São Paulo: Cia. das Letras, 1995.

A cena retrata as experiências das personagens em um país atingido por uma epidemia. No diálogo, a violação de determinadas regras de pontuação

revela uma incompatibilidade entre o sistema de pontuação convencional e a produção do gênero romance.
provoca uma leitura equivocada das frases interrogativas e prejudica a verossimilhança.
singulariza o estilo do autor e auxilia na representação do ambiente caótico.
representa uma exceção às regras do sistema de pontuação canônica.
colabora para a construção da identidade do narrador pouco escolarizado.

318

INF1608

Português

TEXTO I

SPETO. Grafite. Museu Afro Brasil, 2009.

Disponível em: www.diariosp.com.br. Acesso em: 25 set. 2015.

TEXTO II

Speto

      Paulo César Silva, mais conhecido como Speto, é um grafiteiro paulista envolvido com o skate e a música. O fortalecimento de sua arte ocorreu, em 1999, pela oportunidade de ver de perto as referências que trazia há tempos, ao passar por diversas cidades do Norte do Brasil em uma turnê com a banda O Rappa.

Revista Zupi, n. 19, 2010.

O grafite do artista paulista Speto, exposto no Museu Afro Brasil, revela elementos da cultura brasileira reconhecidos

na influência da expressão abstrata.
na representação de lendas nacionais.
na inspiração das composições musicais.
nos traços marcados pela xilogravura nordestina.
nos usos característicos de grafismos dos skates.

319

INF1607

Português

Fim de semana no parque

                Olha o meu povo nas favelas e vai perceber
                Daqui eu vejo uma caranga do ano
                Toda equipada e o tiozinho guiando
                Com seus filhos ao lado estão indo ao parque
                Eufóricos brinquedos eletrônicos
                Automaticamente eu imagino
                A molecada lá da área como é que tá
                Provavelmente correndo pra lá e pra cá
                Jogando bola descalços nas ruas de terra
                É, brincam do jeito que dá
                [...]
                Olha só aquele clube, que da hora
                Olha aquela quadra, olha aquele campo, olha
                Olha quanta gente
                Tem sorveteria, cinema, piscina quente
                [...]
                Aqui não vejo nenhum clube poliesportivo
                Pra molecada frequentar nenhum incentivo
                O investimento no lazer é muito escasso
                O centro comunitário é um fracasso

RACIONAIS MCs. Racionais MCs. São Paulo: Zimbabwue, 1994 (fragmento).

A letra da canção apresenta uma realidade social quanto à distribuição distinta dos espaços de lazer que

retrata a ausência de opções de lazer para a população de baixa renda, por falta de espaço adequado.
ressalta a irrelevância das opções de lazer para diferentes classes sociais, que o acessam à sua maneira.
expressa o desinteresse das classes sociais menos favorecidas economicamente pelas atividades de lazer.
implica condições desiguais de acesso ao lazer, pela falta de infraestrutura e investimentos em equipamentos.
aponta para o predomínio do lazer contemplativo, nas classes favorecidas economicamente; e do prático, nas menos favorecidas.

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INF1606

Português


Revista Bolsa, 1986. In: CARRASCOZA, J. A. A evolução do texto publicitário: a associação
de palavras como elemento de sedução na publicidade. São Paulo: Futura, 1999 (adaptado).

Nesse cartaz publicitário de uma empresa de papel e celulose, a combinação dos elementos verbais e não verbais visa

justificar os prejuízos ao meio ambiente, ao vincular a empresa à difusão da cultura.
incentivar a leitura de obras literárias, ao referir-se a títulos consagrados do acervo mundial.
seduzir o consumidor, ao relacionar o anunciante às histórias clássicas da literatura universal.
promover uma reflexão sobre a preservação ambiental ao aliar o desmatamento aos clássicos da literatura.
construir uma imagem positiva do anunciante, ao associar a exploração alegadamente sustentável à produção de livros.